segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O som do silêncio

Olá escuridão, minha velha amiga eu vim para conversar contigo novamente por causa de uma visão que se aproxima suavemente, deixou suas sementes enquanto eu estava dormindo e a visão que foi plantada em meu cérebro. Ainda permanece entre o som do silêncio 
Em sonhos agitados eu caminho só, em ruas estreitas de paralelepípedos . Sob a auréola de uma lamparina de rua virei meu colarinho para proteger do frio e umidade quando meus olhos foram apunhalados pelo lampejo de uma luz de néon que rachou a noite e tocou o som do silêncio.
E na luz nua eu vi dez mil pessoas talvez mais pessoas conversando sem falar pessoas ouvindo sem escutar pessoas escrevendo canções que vozes jamais compartilharam.
"Tolos," eu disse, "vocês não sabem" O silêncio como um câncer que cresce, mas minhas palavras são como silenciosas gotas de chuva caíram e ecoaram no poço do silêncio




quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Qual a pior coisa que eu posso dizer ?

Eu transformava tudo aquilo que havia me acontecendo numa bela equação árida, cínica, muito adequada. Além disso, sentia-me extraordinariamente disposta. Aceitava todas aquelas tristezas, todos aqueles conflitos, todos aqueles prazeres em marcha, aceitava tudo previamente, com derrisão. Sem contar que estou doente, sim, peguei uma baita gripe após minha incrível decisão de ir tomar banho de chuva, tive febre o dia todo, ela cessava e voltava .Só que não me arrependo nem por um milésimo de segundo do que fiz. Bem li até o fim da tarde. Larguei o livro, apoiei a cabeça no braço, fiquei contemplando o céu cinzento. E inopinadamente me senti fraca e indefesa. Minha vida fluía, e eu não fazia nada a não ser troçar.
Ter alguém assim contra o meu rosto... Para retê-lo, apertá-lo de encontro a mim, com a lancinante violência do amor...
Me levantei e saí.
Como toda pessoa que vive de suas comédias inacabadas, não podia suportá-las senão escritas por mim. Apenas por mim.
De mais a mais, eu sabia muito bem que aquele divertimento - se divertimento havia - era perigoso.
De repente, o tempo voltou, o interesse era outro. E houve de novo os minutos, as horas, os cigarros.
Eu ainda era a Dona Laiz Martins Ninguém-de-Lugar-Nenhum. Mas eles ainda querem o que eu quero, só que não é meu. Parecem um bando de cães de caça tentando engolir um cheiro.
Não adianta se lamentar. Seja o que for, tem muito mais em algum lugar.
O truque está em viver o suficiente para poder colocar os seus blefes de jovem em uso.
No fundo, viver era arranjar-se o mais satisfatoriamente possível. Parecia tão fácil, agora.


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A saudade. O sonho. A tarde


Era um dia de sol, uma tarde de cores, capaz de trazer sensações maravilhosas.
O ambiente era daqueles que eu sempre desejara. E você lá, lindo, com os olhos brilhando, o sol transparecia o brilho do seu sorriso, era uma faceirice só.
De mais a mais eu sabia que aquilo era o que eu mais queria, estava guardado num baú. Estava vivendo o que antes era nostalgia.
Um mar, envolto duma linda cachoeira, um lugar preservado, nunca havia visitado ali, nem nos meus belos sonhos, nem nos meus constantes pensamentos, fantasias.
E você, afável, sempre querendo me impressionar, me deixar feliz, procurava me causar prazer, nas coisas por menores e minuciosas que fossem. Bom, voltemos aos detalhes, o lugar era lindo, diria que indescritível. Nos detalhes que pude observar, tinha o mar, a cachoeira, verde por todos os lados. Era só eu e você. Trocávamos palavras, promessas, beijos, abraços, carinho, puro estado de excitação. Puro clímax de prazer. Sem interferências alheias, sem conspiração de terceiros. Sem ter o que fazer só mesmo viver aquele momento. Era como se fosse a primeira vez que ficávamos, ou o último, não se sabe. Mas era intenso, verdadeiro. Não lembro nenhum momento de não estarmos sorrindo. Não eram dias entrecortados, era um dia, um dia completo. Um dia dum casal que se amava, que procurava viver distante de tudo, como se o objetivo pleno fosse total entrega, um pelo outro.
Brincávamos e cantarolávamos feitas duas crianças, aprendendo o que é viver, saboreando a vida. Nada de rispidez dessa vez. Apenas maciez. Degustávamos cada gole, apreciávamos o prazer de está ali um com o outro. E era como no nirvana, não pensávamos em nada, não nos preocupávamos com nada. Fios entrelaçados. Estávamos ligados, conectados, a natureza nos proporcionara, o que tinha de mais belo, mais perfeito, mais puro. A natureza brilhava naturalmente nosso ser. Parecia que não havíamos vivido fora dali. Era o único mundo que havíamos descoberto. E não queríamos outra coisa. Senão aquilo. E quando chegava o frio, nos acomodávamos, abraçando um ao outro, não saíamos da água, pelo contrário, até gostávamos. Ele me envolvia nos seus braços, seu peito que sempre fora a parte do corpo dele que mais gostava, agora me protegia, e eu sentia a pulsação do seu coração, eram batidas lentas, batidas aceleradas, uma verdadeira alternância sempre que nossos lábios se tocavam.
Por um momento, você me pedia para que saíssemos dali, e caminhávamos de mãos dadas, e os sorrisos nos nossos rostos, permaneciam. Você agora queria me mostrar cada pedaço daquele lugar, era incrível como reparava numa pequena borboleta, numa pequena florzinha, e quando se desviava de pequenos bichinhos no chão. O chão era um chão com muitas folhas, com certeza um dia de outono. Nossos pés de afundavam a cada passo. Nossa! Detalhes que não fugiria da minha mente nunca. Nem da sua, acredito. E mais uma vez, sua boca, tão bem feita para minha, vinha em direção da minha em pleno desejo. Amávamos-nos, desfrutávamos do mais belo sentimento. E não nos despedíamos nunca. Não havia espaço para tal vontade. Só queríamos ficar ali. Eu e você. Um lugar que demos o nome de NOSSO.

Fazíamos parte um do outro. Um calor tão... Tão íntimo. Um oásis no recôndito, uma ligação perfeita. Uma energia que vibrara de modo perfeito. Uma relação bonita, vívida. Eu hein! Mais que saudade *-*

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

I'm such a fool for you.

Hoje eu apostei a minha vida você não faz ideia do que eu sinto por dentro não tenha medo de mostra pois nunca saberá .Um dia quando a juventude for só uma memória eu sei que estará ao meu lado .
Apenas um pouco mais de tempo foi o que precisamos para que eu visse a luz que a vida pode dar, como você pode ser livre .
Preciso de você, você é o único . Eu me importo com você a ponto de te magoar. Talvez eu seja louca mais não consigo viver sem seu amor e afeição, me dando direção minha luz-guia, me ajudando nas horas sombrias . Eu sempre rezo para que você sempre esteja perto de mim .Desde a primeira vez em que nos beijamos, eu sabia que eu simplesmente não poderia deixar você partir de forma alguma. Debaixo de suas roupas há uma história sem fim, há o homem que eu escolhi, é o meu território e todas as coisas que eu mereço por ser uma boa menina Por sua causa, esqueci as formas inteligentes de mentir
Por sua causa, estou ficando sem razões para chorar, quando os amigos se vão e quando as festas terminam nós ainda temos um ao outro 
Como toda voz depende do silêncio e as luminárias dependem de um teto, como uma dama amarrada a suas convenções , estou amarrada a este sentimento 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

S-A-U-D-A-D-E

Saudade de envolver meus braços no teu pescoço e te dar um beijo no cantinho da bochecha; de sentir o cheiro da tua nuca; de tentar te distrair quando tu quer assistir TV.
Saudade de quando tu morde o polegar e eu dou uma gargalhada, porque sempre acho isso muito infantil.
Saudade de te ver andando pela casa sem camisa, com aquele cheiro de banho recém-tomado.
Saudade de acordar deitada no teu colo enquanto tu ainda tá assistindo aqueles filmes chatos.
Saudade de ouvir tua voz, de te ouvir rindo das coisas imbecis que eu falo, ou quando tu diz ''ai, guriiiia'... 
Saudade das cócegas, dos beliscões, dos cafunés e dos abraços.
Saudade de te incomodar, de te beijar, de te morder e te fazer rir.
Saudade de dormir ao teu lado, de sentir teu corpo bem junto ao meu...
Saudade de quando tu tenta me tirar da cama logo cedo, e eu, preguiçosa, quero ficar dormindo o dia todo, aí tu fica irritado e diz que o dia tá lindo demais pra gente ficar na cama, mas eu sempre acabo ganhando.
Saudade de cantar e de assoviar pra ti.
Saudade de lutar contigo e de te ouvir reclamar feito um velho.
Saudade, também, do teu sorriso, dos teus olhos claros e da tua boca linda.
Saudade de pegar na tua mão, e apertar com força sempre que preciso de ti. 
Saudade de ouvir teus elogios, e tu dizendo que me ama quando eu menos espero.
Vem logo, amor