quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Aonde nós vamos apartir daqui ?

Estava vivendo o meu cotidiano, até que recebi um telefonema, um certo alguém a me chamar pra sair. E pensei, "é segunda-feira sair em plena segunda ?!" Decidi ir, tava tudo tão monótono. 


Tomamos algumas doses de uísque e converssamos um pouco, falamos sobre a vida, sobre músicas e rimos muito, estava me sentindo muito bem com a sua presença, até que ele chegou mais perto e me beijou. Logo após o beijo ficamos nos olhando por alguns segundos e quando menos espero ele sorri e volta a beijar-me.
Um beijo quente e ardente, daquele beijo que falta o ar que te deixa sem chão, foi assim que me senti.
Ao sairmos fomos prara sua casa, bebemos mais algumas doses, e fumamos uns cigarros, o tempo estava frio, eu sentia frio, mais sempre que ele chegava perto meu corpo tremia. Ficamos então assistindo alguns clips que ele havia colocado. Derrepente em uma das músicas enquanto converssavamos, ele levantou-se e falou " dança comigo ?" sorri meio envergonhada e disse " não ", ele super cavalheiro falou: 
- Só uma única música!?
Naquele momento tocava a música " all about lovi'n you " de Bon Jovi 
E dançamos, nossa eu vi um filme passar na minha mente, eu deixei a música me levar, mesmo sabendo que aquele momento eu ja havia vivido, e que nunca seria esquecido. Mais não podia deixa de viver aquele momento, ele não sabia e nem tinha culpa de eu ainda ter fantasmas em minha vida.. novamente senti o gosto quente do seu beijo..
Depois rimos bastante, de tudo . Houve um momento em que nos olhavamos e não havia palavras, apenas olhares.
Converssamos uma porção de tempo, no escuro do seu quarto .Sentia-me bem. Nem percebi quando o sono chegou.. ao acordar estava ao seu lado, olhava atentamente sua face e mil coisas passavam pela minha mente aquele momento. Voltei a pegar no sono, ao acordar novamente ele tinha feito um café da manhã para mim, sorri envergonhada e ele me beijou e disse:
- coma, moça dos olhos profundos. 
Eu sorri.. não tinha palavras pra descrever aquilo tudo. Eu sabia apenas de duas coisas, que naquele momento me senti única, e que queria apenas curtir um dia de cada vez..

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Será que nasci pra lhe dizer ?

Nos amamos, estirados na cama. Depois, conversamos uma porção de tempo, no escuro. Sentia-me bem. E em mim, como num animal quente e vivo, havia sempre aquele gosto de alegria, de excitação e, às vezes, de exaltação. Julgava-me vagamente hipocondríaca.
A manhã passou lentamente. Meu despertar foi muito agradável, muito suave, como certas manhãs indeterminadas de minha infância. Mas não era um desses longos dias amarelos e solitários, entrecortados, que me esperava. Eram ''os outros''. Os outros, para com os quais eu tinha um papel a desempenhar, um papel pelo qual eu era responsável. E essa responsabilidade, essa atividade, me agarraram logo pela garganta.
Enterrei a cabeça no travesseiro com uma impressão de mal-estar físico. Depois me lembrei dos beijos dele, e qualquer coisa se rasgou suavemente em mim.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Minha alma canta blues

Em três semanas ela mudara muito. Não era a mesma pessoa.
Olhou pela janela. Com a certeza da rotina e do dinamismo da vida, o inverno continuava, gritando em silêncio sua grandiosa estadia, compondo nos jardins sua magnífica mensagem natural.
Saiu sem rumo, entrou no primeiro bar que encontrara, uma taberna na qual canecas de cerveja desapareciam com assombrosa facilidade.

Quarta-feira. Não gostava de quarta-feira.
Recordações e sensações incontroláveis despertavam nela. Eram os piores dias do ano. O rádio derramava enormes quantidades de canções estúpidas e só se falava em futilidade. 

Ela continuara sozinha, lembrando das coisas que lhe foram ditas por sua mãe.
Às vezes lembrava-se dela... Ou será que era apenas a sua imaginação, como tantas outras coisas?

Quem podia ouvir música com o volume baixo? Suspirou, indignada. .