segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A saudade. O sonho. A tarde


Era um dia de sol, uma tarde de cores, capaz de trazer sensações maravilhosas.
O ambiente era daqueles que eu sempre desejara. E você lá, lindo, com os olhos brilhando, o sol transparecia o brilho do seu sorriso, era uma faceirice só.
De mais a mais eu sabia que aquilo era o que eu mais queria, estava guardado num baú. Estava vivendo o que antes era nostalgia.
Um mar, envolto duma linda cachoeira, um lugar preservado, nunca havia visitado ali, nem nos meus belos sonhos, nem nos meus constantes pensamentos, fantasias.
E você, afável, sempre querendo me impressionar, me deixar feliz, procurava me causar prazer, nas coisas por menores e minuciosas que fossem. Bom, voltemos aos detalhes, o lugar era lindo, diria que indescritível. Nos detalhes que pude observar, tinha o mar, a cachoeira, verde por todos os lados. Era só eu e você. Trocávamos palavras, promessas, beijos, abraços, carinho, puro estado de excitação. Puro clímax de prazer. Sem interferências alheias, sem conspiração de terceiros. Sem ter o que fazer só mesmo viver aquele momento. Era como se fosse a primeira vez que ficávamos, ou o último, não se sabe. Mas era intenso, verdadeiro. Não lembro nenhum momento de não estarmos sorrindo. Não eram dias entrecortados, era um dia, um dia completo. Um dia dum casal que se amava, que procurava viver distante de tudo, como se o objetivo pleno fosse total entrega, um pelo outro.
Brincávamos e cantarolávamos feitas duas crianças, aprendendo o que é viver, saboreando a vida. Nada de rispidez dessa vez. Apenas maciez. Degustávamos cada gole, apreciávamos o prazer de está ali um com o outro. E era como no nirvana, não pensávamos em nada, não nos preocupávamos com nada. Fios entrelaçados. Estávamos ligados, conectados, a natureza nos proporcionara, o que tinha de mais belo, mais perfeito, mais puro. A natureza brilhava naturalmente nosso ser. Parecia que não havíamos vivido fora dali. Era o único mundo que havíamos descoberto. E não queríamos outra coisa. Senão aquilo. E quando chegava o frio, nos acomodávamos, abraçando um ao outro, não saíamos da água, pelo contrário, até gostávamos. Ele me envolvia nos seus braços, seu peito que sempre fora a parte do corpo dele que mais gostava, agora me protegia, e eu sentia a pulsação do seu coração, eram batidas lentas, batidas aceleradas, uma verdadeira alternância sempre que nossos lábios se tocavam.
Por um momento, você me pedia para que saíssemos dali, e caminhávamos de mãos dadas, e os sorrisos nos nossos rostos, permaneciam. Você agora queria me mostrar cada pedaço daquele lugar, era incrível como reparava numa pequena borboleta, numa pequena florzinha, e quando se desviava de pequenos bichinhos no chão. O chão era um chão com muitas folhas, com certeza um dia de outono. Nossos pés de afundavam a cada passo. Nossa! Detalhes que não fugiria da minha mente nunca. Nem da sua, acredito. E mais uma vez, sua boca, tão bem feita para minha, vinha em direção da minha em pleno desejo. Amávamos-nos, desfrutávamos do mais belo sentimento. E não nos despedíamos nunca. Não havia espaço para tal vontade. Só queríamos ficar ali. Eu e você. Um lugar que demos o nome de NOSSO.

Fazíamos parte um do outro. Um calor tão... Tão íntimo. Um oásis no recôndito, uma ligação perfeita. Uma energia que vibrara de modo perfeito. Uma relação bonita, vívida. Eu hein! Mais que saudade *-*

1 comentários:

Andreza Santos disse...

Que bom que gostou do meu texto Lai, estava muito inspirada. Obrigada por postar.. beijos

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